O estudo descrito abaixo esta sendo executado como projeto de Mestrado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos pelo aluno Maury S.L. Abreu (contato: maury.abreu@gmail.com).
Resumo. A Mata Atlântica é um dos biomas mais diversos e ameaçados do mundo. A intensa degradação e fragmentação reduziram esse bioma a cerca de 8% de sua formação original. Estes processos resultam na perda da diversidade de microhabitats e redução da heterogeneidade e complexidade ambiental, importantes componentes da riqueza de espécies. A região sul do Brasil é muito carente de informações sobre a diversidade de pequenos mamíferos acima do solo e as relações entre esses organismos e variáveis ambientais. Neste sentido, este estudo pretende analisar a diversidade de pequenos mamíferos não voadores ao longo dos estratos verticais de uma área de Mata Atlântica no Rio Grande do Sul e suas relações com variáveis ambientais. O estudo esta sendo realizado no Centro de Pesquisa e Conservação da Natureza “Pró-Mata” através de uma amostragem por estação do ano (verão, outono, inverno e primavera) por meio de captura, marcação e recaptura de pequenos mamíferos com armadilhas instaladas no solo, no sub-bosque e no dossel. Será estimada a complexidade e heterogeneidade do ambiente usando técnicas descritas na literatura. Também serão medidas 11 variáveis de microhabitat que podem influenciar a presença das espécies estudadas. A disponibilidade de recursos alimentares (frutos, sementes e invertebrados) será estimada em cada estrato utilizando armadilhas de queda (pitfalls) e armadilhas adesivas (fitas pega-mosca). Os pequenos mamíferos são de grande importância para a conservação e manutenção do equilíbrio dos ecossistemas porque são a base alimentar de muitos vertebrados, atuam como dispersores de sementes, potenciais polinizadores e influenciam uma série de outros componentes ecológicos das comunidades em que ocorrem.
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